Mazars aponta rumo possível para a sustentabilidade corporativa
A Mazars e o “Intelligence Unit” da revista The Economist associaram-se para examinar o fator da sustentabilidade em contexto corporativo, a sua relação com o clima regulatório atual, o peso da geografia e as tendências tecnológicas que se encontram a influenciar a procura por processos mais sustentáveis nas organizações. Face à ausência de um acordo global sobre responsabilidade social ou sustentabilidade, grande parte do impulso por trás da incorporação da sustentabilidade nas operações de negócios vem da globalização das cadeias de logística e das crescentes pressões de investidores, acionistas, organizações não-governamentais e público em geral.
Como resultado desta tendência existem diferenças significativas no modo como os EUA, a UE e a Ásia se encontram a desenvolver estruturas, programas e legislação para alcançar uma mudança global em torno da sustentabilidade.
Em janeiro de 2018, a Comissão Europeia apresentou planos para consolidar a sustentabilidade no sistema financeiro europeu. Foi sugerida a introdução de um sistema de classificação da “sustentabilidade” e medidas para impor condições aos relatórios corporativos e às responsabilidades que os acionistas têm para com stakeholders. Muitas das sugestões da C.E. já estão a ser colocadas em prática. Mais legislação deve ser aprovada até 2019, destinada a compelir o setor financeiro a fornecer os 180 mil milhões de euros necessários anualmente para atingir os objetivos da Europa em matéria de alterações climáticas.
Noutras geografias, o rápido crescimento económico fez com que a China enfrentasse algumas das mais severas questões ambientais do planeta. Embora reconhecendo o custo de investimento necessário, a China vê a sustentabilidade como uma oportunidade para as suas empresas desenvolverem tecnologias inovadoras que permitirão ao país posicionar-se na dianteira da cadeia de exportação de valor. Concentrando-se em pesquisa e desenvolvimento, a China espera liderar o mundo em tecnologia ambiental.
Nos EUA, alguns estados encontram-se a desenvolver os seus próprios projetos sem a necessidade de regulamentação federal. A Califórnia estabeleceu metas ambiciosas de energia limpa. Outros Estados encontram-se a tentar controlar indústrias poluidoras, promovendo, por exemplo, veículos elétricos e instaurando limites aos níveis de poluição registados. Mesmo nos Estados que estão atrasados nesta área, verificam-se forças em ação no mercado, os consumidores estão a exigir mudanças e os negócios estão a ver-se forçados a responder.
À medida que o apelo por mais transparência e responsabilidade em contexto corporativo continua, as empresas gastam mais tempo e realizam esforços significativos na identificação de dados confiáveis para compartilhar com os seus stakeholders. Soluções digitais como Blockchain, Data Mining, InteligênciaArtifical, InternetdasCoisas e AnálisePreditiva são algumas das principais inovações tecnológicas que se encontram a acelerar, ampliar e priorizar a sustentabilidade no mundo atual dos negócios.
Ao implementar medidas regulatórias, as empresas começaram a perceber os benefícios de uma abordagem sustentável: uma gestão de risco mais eficaz, relacionamentos com as partes interessadas, economia de custos, criação de valor e melhor posicionamento no mercado. O que se torna claro é que, melhorando os padrões e práticas voluntariamente implementados, os negócios, a sociedade e o setor público podem apontar a um futuro mais sustentável. A regulamentação tem um papel a desempenhar, mas pode ser usada para encorajar e não apenas punir.