Faturação da Mazars em Portugal aumenta 17% e soma 12,5 milhões de euros em 2021

Em comunicado, a Mazars afirma-se agora como "a primeira alternativa aos principais 'players' no mercado nacional" e garante que a sua estratégia a médio prazo passa por continuar a crescer acima do mercado e acelerar a transformação da firma.

A faturação da Mazars em Portugal aumentou 17%, para 12,5 milhões de euros, em 2021, face a 2020, ano em que conquistou a quinta posição no mercado nacional de auditoria, fiscalidade e consultoria, anunciou a consultora esta terça-feira.

Em comunicado, a Mazars afirma-se agora como "a primeira alternativa aos principais 'players' -- as chamadas 'Big Four' -- no mercado nacional", associando a conquista do quinto lugar à "entrega diferenciada comparativamente a organizações de maior dimensão" e assumindo como "objetivo a médio prazo continuar a crescer a dois dígitos".

"A estratégia a médio prazo da Mazars passa por continuar a crescer acima do mercado, acelerar a transformação da firma e reforçar a sua posição de referência: oferecer uma perspetiva diferenciada nas áreas de auditoria, fiscalidade, 'outsourcing' e consultoria; continuar a melhorar o serviço disponibilizado através de um leque alargado de soluções; e desenvolver o talento interno enquanto organização de conhecimento intensivo e escola de excelência", sustenta.

Segundo a consultora, "a implementação de um plano estratégico a quatro anos reforça a intenção de acelerar a transformação da firma e fortalecer a sua posição de referência em dimensões complementares".

"No horizonte de 2024, o objetivo é o crescimento de todas as linhas de negócio com base na qualidade como centro de atuação, a certeza de uma equipa competente e diversificada e a oferta de uma perspetiva diferenciada nas áreas de auditoria, fiscalidade, 'outsourcing' e consultoria", refere.

Considerando que "o mercado está a passar por um momento decisivo", em que "as expectativas dos clientes estão a mudar, a tecnologia está a dar mais poder aos profissionais e o foco está em consolidar a qualidade e a confiança, apresentando soluções que garantam a sustentabilidade e o crescimento das organizações", a Mazars diz ser o momento para "equacionar mecanismos que permitam a entrada de novos operadores no mercado".

"Este é o momento para estimular a concorrência entre um maior número de empresas oriundas de diferentes contextos culturais e técnicos, dando a oportunidade a mais 'players' para chegarem a outra tipologia de clientes e terem um papel diferente e mais ativo na área", sustenta, defendendo que "uma maior diversidade permite a existência de abordagens distintas às necessidades identificadas e aumenta a possibilidade de escolha, resultando numa resposta mais inovadora aos intervenientes e desafios".

Neste "contexto de novos desafios", a Mazars advoga a auditoria conjunta (ou 'joint audit') como "um mecanismo testado e comprovado que facilita a criação de um mercado menos concentrado", mas que ainda não está contemplado na legislação portuguesa.

Segundo explica, trata-se de um "processo que pressupõe que duas consultoras auditem em conjunto as contas de uma empresa e assinem um mesmo documento de informação financeira", uma prática que "reforça a independência do auditor, sobretudo no que respeita à pertinência e qualidade da abordagem, reduz o risco de familiaridade excessiva e reforça, também, a capacidade de os auditores defenderem a sua posição no caso de desacordo com a entidade".

"É um mecanismo testado e comprovado - em países como França, onde se pratica há mais de 60 anos - que facilita a criação de um mercado de auditoria menos concentrado", defende.

Contudo, "em Portugal, apesar de existir o enquadramento legal possibilitado pelo regulamento de auditoria publicado pela Comissão Europeia, falta a passagem para a lei portuguesa, que permita a um operador do mercado ter a opção da auditoria conjunta".

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